A Taioba Discos, selo independente sediado na Paraíba, marca presença no Dia do Disco deste ano, celebrado em 20 de abril, com sua missão de levar a música paraibana para o mundo. Fundada inicialmente como um hobby, a Taioba rapidamente evoluiu para uma plataforma de distribuição de discos, buscando amplificar a voz e a arte dos artistas locais para além das fronteiras do Brasil.

Amante da música desde cedo, o fundador da Taioba Discos, Sérgio Vilar, explica que o objetivo principal da marca é levar a música paraibana para outros mercados, para que os artistas tenham o potencial de alcançar o maior público possível.

E foi assim mesmo que tudo começou, percebendo que sua coleção particular precisava circular: “Vi que havia demanda no mercado internacional para os discos lançados no Brasil, e aí a Taioba ganhou forma. Com o tempo, a demanda no mercado interno aumentou e começamos a ter clientes aqui na Paraíba. Então, podemos dizer que a Taioba meio que veio de fora para dentro, mas sempre esteve por aqui.”

O Dia do Disco, também conhecido como “Record Store Day”, é uma ocasião especial para a Taioba e para o cenário musical independente: é um dia de celebração não só da música, mas também da importância que as lojas de disco possuem na vida das pessoas, e sua persistência em uma sociedade onde a arte muitas vezes acaba se tornando efêmera.

E é com a vontade de não ser algo apenas passageiro que a Taioba investe em um processo minucioso na hora de escolher o catálogo, com uma curadoria que abrange desde os grandes nomes da MPB até trabalhos mais intimistas e menos conhecidos.

Quanto à amplificação da voz e da arte dos artistas locais, a Taioba tem desempenhado um papel fundamental no resgate da música paraibana em vinil. A arte do estado está sempre no catálogo, desde artistas consagrados como Cátia de França, Elba Ramalho, Hugo Leão e Washington Espínola, até alguns um pouco mais difíceis de encontrar como Walter Luís, Elias D’Ângelo, Ana Gouveia e a banda pessoense The Gentlemen —  que ganhou uma reedição de seu disco no Reino Unido, mas ainda é bem difícil de encontrar no Brasil.

“Muitos destes artistas fizeram seus lançamentos em vinil por meios próprios ou através de editais, e os discos acabam sendo muito difíceis de encontrar. É onde nós entramos, no garimpo e na busca de trazer estes registros para o público. Estamos constantemente em busca de música paraibana que nunca chegou ao meio digital e trazemos estes títulos para que as pessoas também tenham acesso”, explica Sérgio.

Olhando para o futuro da música independente, Sérgio acredita que o vinil pode ser uma alternativa interessante para os artistas fugirem dos streamings e obterem uma receita mais significativa. “Dessa forma é possível produzir um impacto maior e falar com os ouvintes de forma mais direta”, pontua.

Apesar dos desafios, como o custo da produção de vinis e a concentração das fábricas no eixo Rio/São Paulo, a Taioba permanece dedicada em expandir o alcance da música paraibana. A expectativa é que iniciativas como editais que contemplam a prensagem de discos de vinil se tornem uma tendência. Dessa forma, o mundo vai poder conhecer a música paraibana underground em formato mais intimista.

“Nós entramos onde as grandes gravadoras não se atrevem, e trabalhamos de forma muito próxima com selos e artistas independentes, com o objetivo de valorizar o trabalho que foi feito ali e levar ao público da melhor forma possível”, conclui Sérgio.

Para mais informações sobre a Taioba Discos e seu catálogo de música paraibana, entre em contato através do email [ola@taiobadiscos.com.br] ou visite o site [www.taiobadiscos.com.br].

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